quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Nova recessão poderá causar mais 23 milhões de pobres

15 Novembro 2011


O Fundo Monetário Internacional (FMI) alerta, num estudo, que mais cerca de 23 milhões de pessoas poderão ficar abaixo do limiar da pobreza com uma nova recessão mundial.


"Existem graves riscos para a revisão em baixa das previsões atuais, às quais são altamente vulneráveis os países de fracos recursos", assinala um relatório do FMI, citado pela agência Efe, referindo que uma nova recessão causará mais pobres, sobretudo em certas regiões asiáticas e na África Subsariana.
O estudo, divulgado na segunda-feira, adverte para o facto de a recessão se instalar nos países mais desenvolvidos e produzir uma desaceleração de 1,3 e 1,6 pontos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB) mundial em 2011 e 2012, respectivamente.
O Banco Mundial (BM) define como limiar da pobreza menos de 1,25 dólares por dia/pessoa.
O FMI recomenda às autoridades dos países mais avançados a usarem, de forma "mais ativa", as políticas monetárias e a fazerem um "maior reajuste das políticas macroeconómicas".
Um outro cenário admitido pelo Fundo Monetário Internacional, mas menos plausível, aponta para cerca de mais 31 milhões de pessoas a viverem abaixo do limiar da pobreza, em África e Ásia, com um novo aumento dos preços dos alimentos e das matérias-primas.


Fonte: http://www.dn.pt/

Metade dos cidadãos da UE dispostos a pagar mais para ajudar quem precisa

Metade dos cidadãos da União Europeia (UE) estão dispostos a pagar mais pelas suas compras diárias, como exemplo para produtos do comércio justo, se souberem que tal é susceptível de beneficiar países em vias de desenvolvimento.
De acordo com o Eurobarómetro hoje divulgado, os europeus consideram a ajuda aos pobres como uma prioridade e 84% dos inquiridos apoiam a ajuda ao desenvolvimento em todo o mundo, a fim de ajudar pessoas em situação de pobreza.
A maioria dos cidadãos da União Europeia (84%) também apoia o facto de a ajuda da UE incidir fortemente na boa governação e nos direitos humanos nos países em desenvolvimento, uma directriz proposta pelo comissário europeu Andris Piebalgs na "Agenda para a mudança", que estabelece uma abordagem mais estratégica para a redução da pobreza.
Os dados revelam ainda que 62% dos cidadãos europeus são a favor de aumentar a ajuda ao desenvolvimento, pelo menos, para 0,7% do rendimento nacional bruto da União Europeia até 2015 e que 70% considera a África Subsariana como a parte do mundo que mais necessita de ajuda para combater a pobreza seguida do Médio Oriente e do Norte de África (33%).
Por outro lado, 42% dos inquiridos consideram que a eficácia da ajuda pode ser reforçada, essencialmente, trabalhando mais estreitamente com os próprios países em desenvolvimento, enquanto 36% preferem uma melhor cooperação com outros países doadores, como os Estados Unidos e a Austrália
O mesmo estudo destaca que a juventude europeia é a melhor aliada dos pobres do mundo uma vez que os jovens da Europa entre os 15 e os 24 anos manifestaram apoio à política de desenvolvimento.
Nove em cada dez jovens pensam que é importante ajudar as pessoas pobres e 41% pensa que é "muito importante", em comparação com 35% das pessoas com mais de 40 anos.
Os jovens também assumem o seu empenho pessoal mais forte com a causa, estando 53% dos jovens e 60% dos estudantes dispostos a pagar mais pelos produtos (do comércio justo, por exemplo) se tal beneficiar as pessoas pobres do mundo.
Para o Comissário responsável pelo Desenvolvimento, Andris Piebalgs, "os europeus estão a enviar uma mensagem clara aos políticos na UE e de países terceiros".
"Mesmo em tempos de crise económica, continuam firmemente empenhados em ajudar os outros a sair da pobreza. Esta generosidade tem de ser correspondida pela responsabilidade política. Temos de ser mais eficientes e transparentes mostrando os resultados da nossa ajuda para provar que os fundos representam uma verdadeira diferença", frisou.

Segundo o comissário, o Fórum de Alto Nível sobre a Eficácia da Ajuda, que se realizará na próxima semana em Busan, na Coreia do Sul, constituirá uma excelente oportunidade para demonstrar a forma de tornar a ajuda ainda mais eficaz.
O Eurobarómetro "Fazer a diferença no mundo: os europeus e o futuro da ajuda ao desenvolvimento" foi realizado em 27 estados-membros da União Europeia em Setembro tendo sido directamente entrevistados 26 856 europeus com 15 ou mais anos.
O inquérito tem por objectivo avaliar os pontos de vista do público sobre a ajuda ao desenvolvimento e o futuro da cooperação para o desenvolvimento, antes da Fórum de Alto Nível sobre a Eficácia da Ajuda que se realizará em Busan, na Coreia do Sul, entre 29 de Novembro e 2 de Dezembro.
A União Europeia no seu conjunto (os Estados-Membros e EuropeAid, fundos administrados pela Comissão) é o maior doador de ajuda oficial ao desenvolvimento e ajuda pessoas em mais de 150 países. Em 2010, concedeu 53,8 mil milhões de euros (mais de metade da ajuda mundial).

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Cerca de 43 milhões sem dinheiro para pagar refeição diária

2011-10-17

Cerca de 43 milhões de pessoas estão em risco de carência alimentar na Europa e não têm meios para pagar uma refeição completa e 79 milhões vivem abaixo do limiar de pobreza, indicam dados do Programa Europeu de Apoio Alimentar.
Assinala-se, esta segunda-feira, o Dia mundial contra a pobreza extrema e o Programa Europeu de Apoio Alimentar realiza, em Bruxelas, uma conferência de imprensa para abordar o tema, com a presença de representantes do Comité Económico e Social e de Instituições de Solidariedade Social, entre as quais, a Federação Portuguesa de Bancos Alimentares.
O ano passado, os 240 Bancos Alimentares distribuíram 360 mil toneladas de produtos alimentares a Instituições de Solidariedade Social em 21 países europeus.  
Estas instituições distribuíram os produtos a pessoas carenciadas sob a forma de cabazes ou de refeições; mais de metade do total dos alimentos entregues provinham do Programa europeu que ajudou 18 milhões de pessoas carenciadas.  
Segundo o Eurostat, 79 milhões de pessoas vivem na Europa abaixo do limiar de pobreza e 30 milhões sofrem de subnutrição.  
Iniciado em 1987, o Programa Comunitário de Apoio Alimentar a Carenciados (PCAAC) permite fornecer alimentos produzidos com os 'stocks' dos excedentes de produtos agrícolas, os chamados "stocks de intervenção".  
No entanto, estes 'stocks' têm vindo a diminuir ano após ano devido às reformas da PAC e do acréscimo de procura de produtos agrícolas no mundo.  
O PCAAC tem contribuído para combater a pobreza e promover a inclusão social: 18 milhões de cidadãos europeus beneficiaram este ano deste programa comunitário em 20 Estados-membros da União Europeia. 

ONU quer criação "urgente" de imposto para financiar luta contra a pobreza

2011-11-02

As Nações Unidas defendem a criação "urgente" de um imposto sobre o comércio internacional de divisas que possa financiar o combate às alterações climáticas e à pobreza extrema, no relatório sobre desenvolvimento humano, divulgado em Copenhaga.
foto HUGO COELHO/GLOBAL IMAGENS
ONU quer criação "urgente" de imposto para financiar luta contra a pobreza
"Estima-se que a aplicação de um imposto de apenas 0,005% ao comércio internacional de divisas poderia conseguir 40 mil milhões de dólares adicionais em cada ano. Isso melhoraria significativamente o fluxo de ajuda dirigida aos países mais pobres, que ascendeu a 130 mil milhões de dólares em 2010, num momento em que o financiamento ao desenvolvimento abranda devido à crise mundial", refere o relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Este imposto permitiria que os que "mais ganharam com a globalização ajudem os que menos benefício obtêm com ela", defende o PNUD, estimando que todos os anos sejam necessários 105 mil milhões de dólares para financiar a adaptação às alterações climáticas, especialmente na Ásia Meridional e na África subsaariana.
O relatório "Equidade e sustentabilidade: Um melhor futuro para todos", divulgado em Copenhaga, alerta que os avanços conseguidos pelos países mais pobres arriscam estagnar ou mesmo retroceder até meados do século se não forem tomadas "medidas audaciosas" para abrandar as alterações climáticas.
O documento aponta ainda que a expansão dos direitos reprodutivos e o acesso a contraceptivos "abrem uma nova frente" na luta contra da desigualdade de género e a pobreza.
"Os direitos reprodutivos podem contribuir para reduzir a pressão ambiental, já que abrandaria o crescimento demográfico mundial numa altura em que se espera que a população do planeta aumente de 7 mil milhões para 9300 milhões nos próximos 40 anos", refere o texto.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Casal britânico suicida-se para fugir à pobreza

Um ex-militar britânico e a sua mulher foram encontrados mortos em casa, no que as autoridades consideram ter sido um "pacto de suicídio".


Mark e Helen Mullins foram encontrados mortos, na sua casa em Bedworth, Warwickshire, depois de terem entrado numa situação de pobreza extrema. Segundo as autoridades, o casal tornou-se tão pobre que necessitava de pedir comida todos os dias em instituições de caridade.
Conforme adianta o jornal "The Sun", o antigo instrutor militar, de 48 anos, e a mulher, de 59, foram encontrados
mortos lado-a-lado, dentro de sua casa, e embora a polícia não tenha ainda uma explicação oficial acerca da causa das mortes, acredita que o casal fez um "pacto de suicídio" para fugir à situação de miséria em que vivia.
O único rendimento do casal era a pensão militar que Mark Mullins recebia do Estado, mas que terminou há dois anos, devido ao ex-militar não ter servido o tempo suficiente no exército britânico para continuar a receber esse apoio. Uma situação que o deixou devastado e que, segundo alguns amigos, fez com que se tornasse alcoólico.
A sua mulher, Helen, foi dada pelo Centro de Emprego como incapacitada para procurar trabalho, por ser analfabeta e ter problemas mentais, e a situação agravou-se quando os serviços de assistência social retiraram ao casal, no ano passado, a custódia da única filha, de 12 anos, por considerarem que não tinham condições para a criar. Esse facto veio a fazer com que Mark e Helen perdessem também o direito ao subsídio estatal que recebiam para a criança.
O casal passou a viver numa situação de completa miséria, chegando a fazer todos os dias mais de 16 quilómetros para poder arranjar uma sopa para comer. Segundo os vizinhos do casal, além das miseráveis condições em que viviam, o provável suicídio terá ficado a dever-se ao facto de Mark e Helen não terem coragem para enfrentar o rigor de mais um Inverno numa casa sem as mínimas condições. "Eles não tinham sequer frigorífico e guardavam a comida que arranjavam em sacos", explica um vizinho.

sábado, 5 de novembro de 2011

Desemprego no Luxemburgo é culpa dos portugueses

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Nicolas Schmit (de pé na foto), ministro do Trabalho do Luxemburgo, disse no colóquio sobre o emprego organizado pelo CASA que os portugueses, quando vão de férias a Portugal, transmitem uma imagem de "eldorado" do Luxemburgo que acaba por trazer mais portugueses para o Grão-Ducado e provocar mais desemprego.

Schmit falava na abertura do colóquio organizado pelo CASA - Centro de Apoio Social e Associativo - onde também estiveram presentes representantes da Chambre des métiers e da administração do emprego (ADEM).

Além dos poderes públicos, o colóquio de abertura destes dois dias dedicados ao mundo do trabalho, reuniu também empresários que se queixaram do facto de o Estado e as autarquias serem maus pagadores. Segundo os empresários do sector da construção, as comunas têm por hábito atrasar os pagamentos, o que provoca dificuldades às empresas.
O evento contou ainda com a participação do cônsul de Portugal.



Fonte: http://www.emprego.lu/

Luxemburgo: 83.000 pessoas em risco de pobreza


Segundo números do Statec, o serviço de estatística, divulgados pelo jornal Point 24, há no Grão-Ducado do Luxemburgo 83.000 pessoas em risco de pobreza. A central sindical OGB-, citada pela mesma fonte, denuncia que cada ano que passa, o número de pessoas em situação de pobreza aumenta em 15 mil.
A central sindical defende por isso um aumento do salário mínimo que, afirma, "está abaixo do limiar de pobreza".
A OGB-L acha ainda que muitas famílias só conseguem sobreviver porque recebem ajudas várias do Estado.

Governador garante recursos para redução da pobreza em 2012



Benguela  – O governador provincial de Benguela, Armando da Cruz Neto, afirmou esta sexta-feira que grande parte dos recursos financeiros disponíveis no programa de orçamento do Executivo local para o ano de 2012 serão empregues na execução de projectos sociais tendentes a reduzir a pobreza e proporcionar maior geração de emprego.
Intervindo no encontro com representantes de igrejas e sindicatos, o governante disse que foi concentrado no sector social no orçamento para a província grande parte dos recursos financeiros, visando a materialização do propósito do Executivo em melhorar as condições de vida das populações.
Para si, para que os projectos tenham o êxito pretendido é determinante o envolvimento das organizações da sociedade para prestar apoio ao executivo provincial.
Acredita que os diferentes programas que se encontram em execução vão minimizar as dificuldades por que passam as pessoas mais carenciadas.
Para si, desde o alcance da paz e da reconciliação nacional, um conjunto de acções protagonizadas pelo governo tem concorrido para a melhoria das condições de vida dos cidadãos e no combate à pobreza, sobretudo no fornecimento de água potável, saneamento básico, da prestação dos serviços de saúde, educação e habitação.
Salientou que a partilha dessa missão deve compreender o diálogo permanente entre as igrejas, os sindicatos e os órgãos do governo provincial.
Dividida em 10 municípios, designadamente Baía Farta, Balombo, Benguela, Bocoio, Caimbambo, Catumbela, Chongoroi, Cubal, Ganda e Lobito, a província de Benguela conta actualmente com uma população estimada em quase dois milhões de habitantes, dos quais 50 porcento tem menos de 15 anos.