quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Processo de negociação do valor da renda abre caminho a mais despejos

29.12.2011 - 09:38 Por PÚBLICO


O Governo deverá hoje aprovar uma proposta de revisão da lei das rendas que recupera uma parte substancial das reformas desenvolvidas em 2004 pelo último Executivo PSD/PP.
A ideia é, tal como tem sido dito por sucessivos governos em Portugal, dinamizar o funcionamento do mercado de arrendamento, que, até agora, tem tido uma expressão muito reduzida, quando comparado com o mercado de compra e venda de imóveis. 

Com o incentivo da troika, o Governo pretende fazer isso, criando regras que tornem mais simples a actualização da rendas antigas e a realização de obras em prédios em mau estado de conservação. Já são conhecidas as linhas gerais da proposta, que mereceu desde logo algumas críticas, tanto de proprietários como de inquilinos.

Actualização da renda

Actualmente, e na sequência da reforma realizada pelo Governo liderado por José Sócrates, o proprietário que queira actualizar uma renda antiga tem de fazer um pedido de vistoria e de avaliação do imóvel. Caso o estado da habitação seja considerado positivo, o proprietário pode comunicar ao inquilino a intenção de actualizar a renda, mas nunca para um valor superior a 4% da avaliação feita ao imóvel.

Agora, o que se pretende é proceder à actualização das rendas antigas por via de um processo de negociação entre proprietários e inquilinos, uma ideia que já estava prevista na proposta de reforma feita - e não concretizada - no final do curto mandato do Governo de Santana Lopes. Assim, o inquilino terá de apresentar uma proposta ao proprietário para a actualização da renda. Este, por sua vez, decidirá se a aceita ou se, em contrapartida, prefere pagar uma indemnização equivalente a cinco anos de rendas ao valor proposto pelo inquilino, ficando com o imóvel livre. Com estas regras, os inquilinos são colocados numa situação em que não podem fazer uma proposta muito baixa, já que correm o risco de o proprietário optar pelo pagamento da indemnização, com o respectivo despejo.

Excepções

Nem todos os inquilinos irão, segundo a proposta do Governo, ficar sujeitos à possibilidade imediata de um despejo. Existe a intenção de, para os inquilinos que provem estar numa situação de carência económica, aplicar um período de transição que pode ir até aos cinco anos. Só passado esse tempo é que renda poderá ficar totalmente actualizada. Não se sabe ainda com que critérios será avaliada a carência económica dos arrendatários. Outra excepção extremamente importante é garantida aos inquilinos com mais de 65 anos (60% do total no caso das rendas anteriores a 1990) ou com um grau de incapacidade superior a 60%, que podem ter de suportar a actualização da renda, mas não podem ser colocados fora da habitação.

Obras nos imóveis

A proposta de lei tenta também facilitar a vida aos proprietários que estejam interessados em fazer obras nos imóveis que estejam em más condições. Caso um edifício precise de obras profundas que impliquem a saída do inquilino, esta acontecerá mediante o pagamento de uma indemnização e sem que o proprietário tenha de garantir alojamento alternativo, como está previsto na actual lei. Também neste caso, estão previstas excepções para os inquilinos com mais de 65 anos ou com um grau de incapacidade superior a 60%.

Despejo mais célere

O Governo manifesta a intenção de acelerar os processos de despejo (por exemplo no caso de não pagamento da renda por três meses), sendo tudo feito, "tanto quanto possível", por via extrajudicial. No entanto, o recurso a um tribunal deverá ficar acautelado como um direito do inquilino caso se oponha.

Regime fiscal

O Governo não irá avançar para já com a criação de uma taxa especial de 25% sobre as rendas (cujo rendimento é actualmente englobado no rendimento total do proprietário e taxado às taxas normais de IRS). Esta é uma questão que o executivo irá decidir mais tarde, eventualmente para começar a vigorar em 2013.



http://economia.publico.pt

Comercial da Coca-Cola - Razões para acreditar. Os bons são maioria - Coro - Abra a Felicidade

Aqui está o novo anúncio da Coca-cola do qual tanto se tem falado,

 sobretudo devido à nova versão portuguesa que foi feita deste anúncio:


O que acham?

Crise faz número de sem-teto bater recorde na Grécia

EFE 29/12/2011 07:40

Cerca de 20 mil gregos deixaram de ter onde morar; número de pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza aumentou drasticamente

Georgios Markuris, um técnico em informática que trabalha na Universidade de Atenas, nunca pensou que iria chegar a ser um dos 20 mil gregos que seriam privados de uma casa devido à crise. Markuris, que também trabalhou como músico e até já viajou para a América Latina para aprender a música local, relata como chegou a esta situação de pobreza.
"Perdi meu emprego e entrei em uma profunda depressão. Me transformei em outra pessoa. Perdi meus amigos e minha família. Há três meses me vi na rua, sem um lar", explica. Desde que a crise da dívida explodiu, em meados de 2010, e a Grécia foi objeto de um plano de resgate da União Europeia (UE) e do Fundo Monetário Internacional (FMI) em troca de duras medidas de austeridade, cerca de meio milhão de pessoas perderam seus empregos, dezenas de milhares de empresas fecharam e o número de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza aumentou drasticamente.
                    
Sem-teto aguardam em fila de distribuição de refeições na Grécia

Mas uma das faces mais duras desta crise é a dos indivíduos sem-teto, um fenômeno até então quase desconhecido na Grécia, mas que agora é muito comum na capital, Atenas. No último ano, o número de cidadãos vivendo nas ruas aumentou 25% e a maioria tem "um perfil totalmente diferente" do de antes, explica Olga Theodorikakou, coordenadora da associação humanitária Klimaka.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

UE: Desemprego jovem custa dois mil milhões de euros por semana à Europa

13:27 Terça feira, 20 de dezembro de 2011
Bruxelas, 20 dez (Lusa) - A elevada taxa de desemprego entre os jovens europeus representa um custo de dois mil milhões de euros por semana aos 27 Estados-membros, um por cento do seu Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com dados divulgados em Bruxelas.
A estimativa integra uma nova proposta da Comissão Europeia para a promoção de emprego entre os jovens até aos 25 anos.
"A situação dos jovens em muitos Estados-membros é dramática", disse László Andor, comissário europeu responsável pelo Emprego, os Assuntos Sociais e a Inclusão, que advertiu para a necessidade de uma "ação decisiva ao nível da UE e a nível nacional" que traga "esperança aos jovens, o nosso futuro".
 

Decathlon investe 30 milhões em centro de logística que cria 420 postos de trabalho

20.12.2011 - 08:40 Por Ana Rute Silva

A cadeia francesa de artigos de desporto lança amanhã a primeira pedra do novo centro logístico em Portugal, que deverá estar concluído em 2012.A Decathlon vai investir 30 milhões de euros num centro de logística em Setúbal que passará a abastecer as lojas que a cadeia francesa detém em Portugal. Até agora a distribuição dos produtos era feita através de Espanha mas o ritmo acelerado de expansão da marca em território nacional levou a empresa a avançar para a construção de raiz de um centro logístico.

Em comunicado, a Decathlon (que pertence a grupo Oxylane) revela que o projecto vai estar pronto em Outubro de 2012 e vai criar, em pleno funcionamento, 420 postos de trabalho director e 500 indirectos.

“Tendo em consideração o ritmo acelerado de desenvolvimento da Decathlon Portugal - 14 lojas abertas nos últimos 3 anos, contando actualmente com 22 lojas - tornou-se urgente trabalhar numa solução que permitisse iniciar a exploração do centro logístico português”, refere a empresa. O investimento permite reforçar os planos de expansão da cadeia. Além da Decathlon a Oxylane tem três lojas Koodza (artigos de desporto)
A empresa francesa está em Portugal desde 1993 e começou a sua actividade pela produção. Só em 2000 abriu a primeira loja. Actualmente, além dos espaços comerciais, produz e exporta produtos para todo o mundo. No total, emprega em Portugal 1200 trabalhadores.

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domingo, 11 de dezembro de 2011

TAP: anúncio da greve causa prejuízo de 10 milhões

   09 Dezembro 2011
        TAP: anúncio da greve causa prejuízo de 10 milhões


O prejuízo calculado pela administração da TAP provocado pelo aviso de greve dos pilotos nunca será inferior a 10 milhões de euros, disse hoje o porta-voz da empresa à agência Lusa.
Apesar de o sindicato de pilotos ter desconvocado a greve cujo início estava marcado para hoje, a administração da TAP refere que a empresa terá na mesma prejuízos entre voos cancelados ou alterados.


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sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Aprovado aumento de taxas de financiamento para países em dificuldades

01.12.2011

As medidas, que estarão em vigor até ao final de 2013, diminuem a contribuição nacional de Portugal, Grécia, Irlanda, Roménia, Letónia e Hungria em projectos que reforcem a competitividade, o crescimento e o emprego. 


Este sistema será aplicável aos Estados-membros mais afectados pela crise e que beneficiam do mecanismo europeu de estabilização financeira, no caso dos que pertencem à zona euro (Grécia, Irlanda e Portugal), ou de apoio financeiro ao abrigo de um programa do mecanismo de auxílio à balança de pagamentos, para aqueles que não fazem parte da moeda única (Roménia, Letónia e Hungria). 

As regras hoje aprovadas pelos eurodeputados permitem a antecipação de fundos já autorizados ao abrigo das políticas da UE em matéria de coesão, de desenvolvimento rural e das pescas. 
O objectivo é ajudar a recuperação económica destes países, injectando dinheiro fresco e permitindo que sejam lançados programas que até à data não foram executados por falta de financiamento nacional.




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Passos admite mais medidas de austeridade em 2012

30.11.2011 
<p>Passos diz que o Governo tem de estar preparado para um cenário de desmembramento da zona euro</p>Pedro Passos Coelho insistiu nesta quarta-feira que Portugal não tem outro caminho para sair da crise senão seguir com a austeridade e admitiu avançar com medidas adicionais para o país cumprir a meta do défice em 2012.
Embora diga que o cenário não está em cima da mesa, o primeiro-ministro não fechou a porta a essa possibilidade. “Claro que nós podemos adoptar novas medidas”, reconheceu, em entrevista à SIC, admitindo que o orçamento do próximo ano – que definiu como o “mais difícil” da história moderna de Portugal – deixará o país em recessão. Mais do que o recuo económico de 3% estimado pelo Governo? “Inevitavelmente vai trazer alguma recessão”, respondeu.
Questionado sobre a hipótese de apresentar um orçamento rectificativo, Passos foi vago na resposta, contrapondo apenas que utilizará “todos os mecanismos” para uma boa execução do OE. Para que as empresas possam continuar a financiar-se, o Governo está ainda a discutir com a troika “alguma flexibilização”, mas isso, frisou, não significa necessariamente mais dinheiro a pedir à União Europeia e ao FMI.
Questionado sobre se o Governo português está preparado para um eventual desmembramento do euro, Passos afirmou: “Temos de estar preparados para todas as eventualidades”. Mas sublinhou que o executivo está empenhado em defender a moeda única e que uma eventual implosão do euro significaria uma catástrofe para a União Europeia.
Sobre as posições que tem assumido quanto à resposta europeia à crise da dívida, nomeadamente a sua oposição à ideia da Comissão Europeia de criar obrigações europeias, o primeiro-ministro respondeu com a necessidade de os 17 países do euro equilibrarem as contas públicas. “Sobre isto não há uma segunda opinião ou divergência na Europa”, afirmou.
Confrontado com divergências em declarações públicas entre responsáveis do Governo e críticas dentro do PSD, rebateu que não tem medo “de quaisquer fantasmas internos”. E rejeitou um cenário de remodelação governamental, ao contrapor que a “forma de funcionar [dentro do executivo é] extremamente produtiva e leal”.

Questionado sobre divergências de opinião com o Presidente da República, limitou-se a comentar indirectamente que os alertas que Cavaco lançou sobre a falta de equidade social na repartição de sacrifícios resultam de “leitura diferente”.


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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Nova recessão poderá causar mais 23 milhões de pobres

15 Novembro 2011


O Fundo Monetário Internacional (FMI) alerta, num estudo, que mais cerca de 23 milhões de pessoas poderão ficar abaixo do limiar da pobreza com uma nova recessão mundial.


"Existem graves riscos para a revisão em baixa das previsões atuais, às quais são altamente vulneráveis os países de fracos recursos", assinala um relatório do FMI, citado pela agência Efe, referindo que uma nova recessão causará mais pobres, sobretudo em certas regiões asiáticas e na África Subsariana.
O estudo, divulgado na segunda-feira, adverte para o facto de a recessão se instalar nos países mais desenvolvidos e produzir uma desaceleração de 1,3 e 1,6 pontos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB) mundial em 2011 e 2012, respectivamente.
O Banco Mundial (BM) define como limiar da pobreza menos de 1,25 dólares por dia/pessoa.
O FMI recomenda às autoridades dos países mais avançados a usarem, de forma "mais ativa", as políticas monetárias e a fazerem um "maior reajuste das políticas macroeconómicas".
Um outro cenário admitido pelo Fundo Monetário Internacional, mas menos plausível, aponta para cerca de mais 31 milhões de pessoas a viverem abaixo do limiar da pobreza, em África e Ásia, com um novo aumento dos preços dos alimentos e das matérias-primas.


Fonte: http://www.dn.pt/

Metade dos cidadãos da UE dispostos a pagar mais para ajudar quem precisa

Metade dos cidadãos da União Europeia (UE) estão dispostos a pagar mais pelas suas compras diárias, como exemplo para produtos do comércio justo, se souberem que tal é susceptível de beneficiar países em vias de desenvolvimento.
De acordo com o Eurobarómetro hoje divulgado, os europeus consideram a ajuda aos pobres como uma prioridade e 84% dos inquiridos apoiam a ajuda ao desenvolvimento em todo o mundo, a fim de ajudar pessoas em situação de pobreza.
A maioria dos cidadãos da União Europeia (84%) também apoia o facto de a ajuda da UE incidir fortemente na boa governação e nos direitos humanos nos países em desenvolvimento, uma directriz proposta pelo comissário europeu Andris Piebalgs na "Agenda para a mudança", que estabelece uma abordagem mais estratégica para a redução da pobreza.
Os dados revelam ainda que 62% dos cidadãos europeus são a favor de aumentar a ajuda ao desenvolvimento, pelo menos, para 0,7% do rendimento nacional bruto da União Europeia até 2015 e que 70% considera a África Subsariana como a parte do mundo que mais necessita de ajuda para combater a pobreza seguida do Médio Oriente e do Norte de África (33%).
Por outro lado, 42% dos inquiridos consideram que a eficácia da ajuda pode ser reforçada, essencialmente, trabalhando mais estreitamente com os próprios países em desenvolvimento, enquanto 36% preferem uma melhor cooperação com outros países doadores, como os Estados Unidos e a Austrália
O mesmo estudo destaca que a juventude europeia é a melhor aliada dos pobres do mundo uma vez que os jovens da Europa entre os 15 e os 24 anos manifestaram apoio à política de desenvolvimento.
Nove em cada dez jovens pensam que é importante ajudar as pessoas pobres e 41% pensa que é "muito importante", em comparação com 35% das pessoas com mais de 40 anos.
Os jovens também assumem o seu empenho pessoal mais forte com a causa, estando 53% dos jovens e 60% dos estudantes dispostos a pagar mais pelos produtos (do comércio justo, por exemplo) se tal beneficiar as pessoas pobres do mundo.
Para o Comissário responsável pelo Desenvolvimento, Andris Piebalgs, "os europeus estão a enviar uma mensagem clara aos políticos na UE e de países terceiros".
"Mesmo em tempos de crise económica, continuam firmemente empenhados em ajudar os outros a sair da pobreza. Esta generosidade tem de ser correspondida pela responsabilidade política. Temos de ser mais eficientes e transparentes mostrando os resultados da nossa ajuda para provar que os fundos representam uma verdadeira diferença", frisou.

Segundo o comissário, o Fórum de Alto Nível sobre a Eficácia da Ajuda, que se realizará na próxima semana em Busan, na Coreia do Sul, constituirá uma excelente oportunidade para demonstrar a forma de tornar a ajuda ainda mais eficaz.
O Eurobarómetro "Fazer a diferença no mundo: os europeus e o futuro da ajuda ao desenvolvimento" foi realizado em 27 estados-membros da União Europeia em Setembro tendo sido directamente entrevistados 26 856 europeus com 15 ou mais anos.
O inquérito tem por objectivo avaliar os pontos de vista do público sobre a ajuda ao desenvolvimento e o futuro da cooperação para o desenvolvimento, antes da Fórum de Alto Nível sobre a Eficácia da Ajuda que se realizará em Busan, na Coreia do Sul, entre 29 de Novembro e 2 de Dezembro.
A União Europeia no seu conjunto (os Estados-Membros e EuropeAid, fundos administrados pela Comissão) é o maior doador de ajuda oficial ao desenvolvimento e ajuda pessoas em mais de 150 países. Em 2010, concedeu 53,8 mil milhões de euros (mais de metade da ajuda mundial).

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Cerca de 43 milhões sem dinheiro para pagar refeição diária

2011-10-17

Cerca de 43 milhões de pessoas estão em risco de carência alimentar na Europa e não têm meios para pagar uma refeição completa e 79 milhões vivem abaixo do limiar de pobreza, indicam dados do Programa Europeu de Apoio Alimentar.
Assinala-se, esta segunda-feira, o Dia mundial contra a pobreza extrema e o Programa Europeu de Apoio Alimentar realiza, em Bruxelas, uma conferência de imprensa para abordar o tema, com a presença de representantes do Comité Económico e Social e de Instituições de Solidariedade Social, entre as quais, a Federação Portuguesa de Bancos Alimentares.
O ano passado, os 240 Bancos Alimentares distribuíram 360 mil toneladas de produtos alimentares a Instituições de Solidariedade Social em 21 países europeus.  
Estas instituições distribuíram os produtos a pessoas carenciadas sob a forma de cabazes ou de refeições; mais de metade do total dos alimentos entregues provinham do Programa europeu que ajudou 18 milhões de pessoas carenciadas.  
Segundo o Eurostat, 79 milhões de pessoas vivem na Europa abaixo do limiar de pobreza e 30 milhões sofrem de subnutrição.  
Iniciado em 1987, o Programa Comunitário de Apoio Alimentar a Carenciados (PCAAC) permite fornecer alimentos produzidos com os 'stocks' dos excedentes de produtos agrícolas, os chamados "stocks de intervenção".  
No entanto, estes 'stocks' têm vindo a diminuir ano após ano devido às reformas da PAC e do acréscimo de procura de produtos agrícolas no mundo.  
O PCAAC tem contribuído para combater a pobreza e promover a inclusão social: 18 milhões de cidadãos europeus beneficiaram este ano deste programa comunitário em 20 Estados-membros da União Europeia. 

ONU quer criação "urgente" de imposto para financiar luta contra a pobreza

2011-11-02

As Nações Unidas defendem a criação "urgente" de um imposto sobre o comércio internacional de divisas que possa financiar o combate às alterações climáticas e à pobreza extrema, no relatório sobre desenvolvimento humano, divulgado em Copenhaga.
foto HUGO COELHO/GLOBAL IMAGENS
ONU quer criação "urgente" de imposto para financiar luta contra a pobreza
"Estima-se que a aplicação de um imposto de apenas 0,005% ao comércio internacional de divisas poderia conseguir 40 mil milhões de dólares adicionais em cada ano. Isso melhoraria significativamente o fluxo de ajuda dirigida aos países mais pobres, que ascendeu a 130 mil milhões de dólares em 2010, num momento em que o financiamento ao desenvolvimento abranda devido à crise mundial", refere o relatório do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Este imposto permitiria que os que "mais ganharam com a globalização ajudem os que menos benefício obtêm com ela", defende o PNUD, estimando que todos os anos sejam necessários 105 mil milhões de dólares para financiar a adaptação às alterações climáticas, especialmente na Ásia Meridional e na África subsaariana.
O relatório "Equidade e sustentabilidade: Um melhor futuro para todos", divulgado em Copenhaga, alerta que os avanços conseguidos pelos países mais pobres arriscam estagnar ou mesmo retroceder até meados do século se não forem tomadas "medidas audaciosas" para abrandar as alterações climáticas.
O documento aponta ainda que a expansão dos direitos reprodutivos e o acesso a contraceptivos "abrem uma nova frente" na luta contra da desigualdade de género e a pobreza.
"Os direitos reprodutivos podem contribuir para reduzir a pressão ambiental, já que abrandaria o crescimento demográfico mundial numa altura em que se espera que a população do planeta aumente de 7 mil milhões para 9300 milhões nos próximos 40 anos", refere o texto.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Casal britânico suicida-se para fugir à pobreza

Um ex-militar britânico e a sua mulher foram encontrados mortos em casa, no que as autoridades consideram ter sido um "pacto de suicídio".


Mark e Helen Mullins foram encontrados mortos, na sua casa em Bedworth, Warwickshire, depois de terem entrado numa situação de pobreza extrema. Segundo as autoridades, o casal tornou-se tão pobre que necessitava de pedir comida todos os dias em instituições de caridade.
Conforme adianta o jornal "The Sun", o antigo instrutor militar, de 48 anos, e a mulher, de 59, foram encontrados
mortos lado-a-lado, dentro de sua casa, e embora a polícia não tenha ainda uma explicação oficial acerca da causa das mortes, acredita que o casal fez um "pacto de suicídio" para fugir à situação de miséria em que vivia.
O único rendimento do casal era a pensão militar que Mark Mullins recebia do Estado, mas que terminou há dois anos, devido ao ex-militar não ter servido o tempo suficiente no exército britânico para continuar a receber esse apoio. Uma situação que o deixou devastado e que, segundo alguns amigos, fez com que se tornasse alcoólico.
A sua mulher, Helen, foi dada pelo Centro de Emprego como incapacitada para procurar trabalho, por ser analfabeta e ter problemas mentais, e a situação agravou-se quando os serviços de assistência social retiraram ao casal, no ano passado, a custódia da única filha, de 12 anos, por considerarem que não tinham condições para a criar. Esse facto veio a fazer com que Mark e Helen perdessem também o direito ao subsídio estatal que recebiam para a criança.
O casal passou a viver numa situação de completa miséria, chegando a fazer todos os dias mais de 16 quilómetros para poder arranjar uma sopa para comer. Segundo os vizinhos do casal, além das miseráveis condições em que viviam, o provável suicídio terá ficado a dever-se ao facto de Mark e Helen não terem coragem para enfrentar o rigor de mais um Inverno numa casa sem as mínimas condições. "Eles não tinham sequer frigorífico e guardavam a comida que arranjavam em sacos", explica um vizinho.

sábado, 5 de novembro de 2011

Desemprego no Luxemburgo é culpa dos portugueses

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Nicolas Schmit (de pé na foto), ministro do Trabalho do Luxemburgo, disse no colóquio sobre o emprego organizado pelo CASA que os portugueses, quando vão de férias a Portugal, transmitem uma imagem de "eldorado" do Luxemburgo que acaba por trazer mais portugueses para o Grão-Ducado e provocar mais desemprego.

Schmit falava na abertura do colóquio organizado pelo CASA - Centro de Apoio Social e Associativo - onde também estiveram presentes representantes da Chambre des métiers e da administração do emprego (ADEM).

Além dos poderes públicos, o colóquio de abertura destes dois dias dedicados ao mundo do trabalho, reuniu também empresários que se queixaram do facto de o Estado e as autarquias serem maus pagadores. Segundo os empresários do sector da construção, as comunas têm por hábito atrasar os pagamentos, o que provoca dificuldades às empresas.
O evento contou ainda com a participação do cônsul de Portugal.



Fonte: http://www.emprego.lu/

Luxemburgo: 83.000 pessoas em risco de pobreza


Segundo números do Statec, o serviço de estatística, divulgados pelo jornal Point 24, há no Grão-Ducado do Luxemburgo 83.000 pessoas em risco de pobreza. A central sindical OGB-, citada pela mesma fonte, denuncia que cada ano que passa, o número de pessoas em situação de pobreza aumenta em 15 mil.
A central sindical defende por isso um aumento do salário mínimo que, afirma, "está abaixo do limiar de pobreza".
A OGB-L acha ainda que muitas famílias só conseguem sobreviver porque recebem ajudas várias do Estado.

Governador garante recursos para redução da pobreza em 2012



Benguela  – O governador provincial de Benguela, Armando da Cruz Neto, afirmou esta sexta-feira que grande parte dos recursos financeiros disponíveis no programa de orçamento do Executivo local para o ano de 2012 serão empregues na execução de projectos sociais tendentes a reduzir a pobreza e proporcionar maior geração de emprego.
Intervindo no encontro com representantes de igrejas e sindicatos, o governante disse que foi concentrado no sector social no orçamento para a província grande parte dos recursos financeiros, visando a materialização do propósito do Executivo em melhorar as condições de vida das populações.
Para si, para que os projectos tenham o êxito pretendido é determinante o envolvimento das organizações da sociedade para prestar apoio ao executivo provincial.
Acredita que os diferentes programas que se encontram em execução vão minimizar as dificuldades por que passam as pessoas mais carenciadas.
Para si, desde o alcance da paz e da reconciliação nacional, um conjunto de acções protagonizadas pelo governo tem concorrido para a melhoria das condições de vida dos cidadãos e no combate à pobreza, sobretudo no fornecimento de água potável, saneamento básico, da prestação dos serviços de saúde, educação e habitação.
Salientou que a partilha dessa missão deve compreender o diálogo permanente entre as igrejas, os sindicatos e os órgãos do governo provincial.
Dividida em 10 municípios, designadamente Baía Farta, Balombo, Benguela, Bocoio, Caimbambo, Catumbela, Chongoroi, Cubal, Ganda e Lobito, a província de Benguela conta actualmente com uma população estimada em quase dois milhões de habitantes, dos quais 50 porcento tem menos de 15 anos.




segunda-feira, 31 de outubro de 2011


De facto as imagens são chocantes mas é uma realidade. 
Devemos valorizar o que temos e agradecê-lo todos os dias.

Chamada global contra pobreza

Para variar um pouco, hoje deixo aqui alguns vídeos.
Abram os olhos, sensibilizem-se.

Dia 31 de outubro de 2011: Planeta Terra com 7 Bilhões de Habitantes

Antônio Gois (Folha de S. Paulo, 30/10/11) diz que o anúncio, pela ONU, de que chegaremos simbolicamente hoje ao marco de 7 bilhões de habitantes reacendeu o debate sobre a capacidade do planeta de prover recursos para sustentar, com qualidade, tanta gente. A preocupação é justificada pela constatação de que a maior parte do crescimento projetado para o futuro acontecerá em países pobres. Até 2100, a ONU estima que a população aumentará em mais 3 bilhões. Dez países, sozinhos, serão responsáveis por mais da metade disso. Oito são africanos.

O caso mais extremo é o de Zâmbia, onde a expectativa de vida hoje é de apenas 49 anos, quando a média mundial é de 69. Em intervalo de 90 anos, a população decuplicará. Completam a lista a Índia, que tirará da China em 2020 o posto de maior população, e os Estados Unidos, único entre os mais ricos (exceto BRIC) que continuará, graças à maior fecundidade de imigrantes, entre os dez maiores.
O temor de que as condições de vida piorarão por causa do aumento populacional aflige parte da humanidade ao menos desde que o reverendo Thomas Malthus, em 1798, colocou em dúvida a capacidade do planeta de prover subsistência para todos. Até o momento, as previsões de Malthus e de outros pessimistas que ecoaram suas ideias não se confirmaram. Nos últimos 60 anos, apesar de termos vivido uma verdadeira explosão populacional, de2,5 para 7 bilhões, a expectativa de vida aumentou em mais de 20 anos.
No entanto, no debate atual sobre a capacidade do planeta de prover recursos naturais para sustentar uma população crescente, há uma nova variável ainda sem resposta: oaquecimento global. Se, para alguns, são os países pobres que ameaçam sobrecarregar o planeta por causa de suas altas taxas de fecundidade, para outros, a principal responsabilidade é dos países ricos e seus atuais padrões de consumo.
No Maláui, por exemplo, a taxa de fecundidade supera a média de seis filhos por mulher. Nos Estados Unidos, está próxima de dois. No entanto, um único americano impacta no aquecimento global o equivalente, segundo a ONG Global Footprint Network, a 11 habitantes do Maláui.
Esse impacto humano será ainda maior no planeta se os 3 bilhões a mais de habitantes até 2100 tiverem padrões de consumo semelhantes aos de nações ricas hoje.

Para Harold Robinson, representante do Fundo de População da ONU no Brasil, uma solução que reduza as desigualdades e, ao mesmo tempo, agrida menos o ambiente terá que vir de inovações tecnológicas.
Para quem está curioso para saber qual será o bebê que amanhã fará a humanidade chegar aos 7 bilhões, um conselho: desista. A data de 31 de outubro é muito mais simbólica do que precisa. As estimativas da entidade são feitas a partir de dados dos censos de cada país. Mesmo em países ricos, estima-se que esses levantamentos deixem de contar até 3% da população.
Nas nações pobres, justamente as que mais puxam o crescimento, os censos, além de menos frequentes, tendem a ser ainda menos exatos. Para compensar, a ONU faz estimativas a partir de hipóteses sobre o comportamento da fecundidade e mortalidade, que podem se confirmar ou não no futuro, para mais ou para menos.
O bebê de número 7 bilhões, portanto, pode ter nascido ontem, no ano passado, ou nem foi concebido. Isso, no entanto, não tira a importância das projeções para analisar tendências de longo prazo. Ao estabelecer uma data, o que a ONU quis foi estimular o debate.


José Eustáquio Diniz Alves, professor da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, escreveu o seguinte artigo (Folha de S. Paulo, 30/10/11).
“Quando nasci, em agosto de 1953, fui o habitante de número 2.610.233.456. Quando minha filha veio ao mundo, em março de 1985, ela foi o habitante de número 4.710.843.383.
Em 58 anos, a população mundial aumentou em 4,4 bilhões de habitantes. Durante os 26 anos de vida de minha filha caçula, o aumento foi de 2,3 bilhões. Nos próximos 32 anos, teremos mais 2 bilhões de pessoas, e a população mundial deve chegar a 9 bilhões em 2043.
Existem duas boas noticias acompanhando esses números. A primeira é que a população mundial cresceu, aumentando conjuntamente a esperança de vida, que era de 48 anos no quinquênio 1950-55 e passou para 68 anos no período 2005-2010. A segunda é que o ritmo de crescimento demográfico está em declínio e existe grande probabilidade de a população mundial se estabilizar na segunda metade do século 21.
O número de nascimentos no mundo ficou estabilizado em torno de 136 milhões de crianças entre 1990 e 2010. Porém esse número já começou a cair.
Com a redução da base da pirâmide populacional, a razão de dependência demográfica vai ficar abaixo de 60% entre o ano 2000 e 2050. A mudança na estrutura etária, em geral, traz um bônus demográfico que pode ajudar na redução da pobreza no mundo.
Mas essa janela de oportunidade só será aproveitada se mudar o modelo de produção e consumo que tem provocado o aumento da pegada ecológica da humanidade. O nível atual de exploração do ambiente já ultrapassou em 50% a capacidade de regeneração do planeta. Estima-se em US$ 1,3 trilhão o custo anual da transição para uma economia verde, sustentável e de baixo carbono. É 30% menos que o gasto militar do mundo anualmente.
Vamos dar as boas vindas ao habitante de número 7 bilhões. Mas, principalmente, vamos nos esforçar para deixar uma herança positiva para que esse bebê de hoje não se torne um jovem frustrado”.

Número de pobres aumenta devido à subida de preços dos alimentos

Caminos


Segundo o Banco Mundial, o preço dos alimentos subiu 36% em comparação com o ano passado.


O Banco Mundial alertou no dia 14 que a subida do preço dos alimentos – em parte devido ao aumento do custo dos combustíveis resultante da onda de contestação no Médio Oriente e no Norte de África – está a empurrar milhões de pessoas para níveis extremos de pobreza. "Mais pessoas estão a sofrer e mais pessoas podem tornar-se pobres pelos elevados e voláteis preços dos alimentos", afirmou o presidente do banco, Robert Zoellick.


Os preços dos alimentos subiram 36% em comparação com os valores registados em 2010 e, desde Junho, 44 milhões de pessoas juntaram-se ao grupo dos mais pobres do mundo. De acordo com o banco, mais de 1200 milhões de pessoas vivem actualmente com menos de 1,25 dólares por dia e um possível aumento de 10% nos preços irá deixar mais dez milhões de pessoas numa condição de pobreza extrema. 


"Temos de colocar os alimentos em primeiro e proteger os pobres e vulneráveis, que gastam a maior parte do seu dinheiro em comida", defendeu Zoellick. O Banco Mundial sugeriu ainda um conjunto de medidas para aliviar o impacto do aumento dos preços na vida das pessoas mais pobres, como, por exemplo, encorajar os países produtores a facilitar as exportações, a adopção de novas tecnologias, a diversificação da produção ou um maior investimento na agricultura.


Fonte: http://isabe.ionline.pt/

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Marcha contra a pobreza quer sensibilizar pessoas para a causa - Renascença

Marcha contra a pobreza quer sensibilizar pessoas para a causa - Renascença (Com audio)






Nos EUA, pobreza toma conta dos subúrbios



Ícone da prosperidade e da estabilidade da classe média americana, os subúrbios veem taxas de pobreza disparar, com cenas impressionantes de abandono.

PARMA HEIGHTS, Ohio – A população pobre nos subúrbios dos Estados Unidos – antes símbolos de uma classe média estável e próspera – aumentou em mais de 50% desde 2000, obrigando comunidades suburbanas de todo o país a reavaliar suas identidades e como elas servem sua população.

"O crescimento tem sido impressionante", disse Elizabeth Kneebone, uma pesquisadora sênior do Instituto Brookings, que conduziu a análise dos dados do censo. "Pela primeira vez, mais da metade dos pobres metropolitanos vivem em áreas suburbanas."
Como resultado, os municípios dos subúrbios – antes preocupados apenas com questões como policiamento, incêndios e reparação de estradas – estão enfrentando um novo conjunto de problemas sobre como como ajudar os moradores pobres, sem os programas sociais oferecidos pelas cidades e como levar serviços a esses moradores sem a existência de transporte público. Muitos subúrbios estão enfrentando esses desafios com os orçamentos mais apertados em anos.
Desde 2000, o número de pobres aumentou em 5 milhões nos subúrbios, com aumentos grandes em áreas metropolitanas tão diferentes quanto Colorado Springs e Greensboro, na Carolina do Norte.
Ao longo da década, subúrbios do meio-oeste registraram maior aumento no número de pobres. Mais recentemente, no entanto, o aumento tem sido mais acentuado onde houve maior colapso imobiliário, como em Cape Coral, na Flórida, e Riverside, Califórnia, de acordo com a análise do Instituto Brookings.
Quase 60% dos pobres de Cleveland, por exemplo, antes se concentravam em seu núcleo urbano, mas agora vivem em seus subúrbios – em 2000, cerca de 46% viviam nos subúrbios.
Em todo o país, 55% da população pobre nas regiões metropolitanas agora vive nos subúrbios – aumento significativo dos 49% registrados anteriormente.
A pobreza é algo novo em Parma Heights, subúrbio tranquilo de pequenas vilas e gramados cortados, e pedir ajuda pode ser difícil. O Parma Heights Food Pantry, espécie de banco de alimentos comunitário com preços reduzidos, que começou a servir várias dezenas de famílias por mês em 2006, agora ajuda 260 e atrai um fluxo de vítimas da economia americana. Muitos nunca precisaram de ajuda para se alimentar antes.

Fonte: http://economia.ig.com.br