segunda-feira, 31 de outubro de 2011


De facto as imagens são chocantes mas é uma realidade. 
Devemos valorizar o que temos e agradecê-lo todos os dias.

Chamada global contra pobreza

Para variar um pouco, hoje deixo aqui alguns vídeos.
Abram os olhos, sensibilizem-se.

Dia 31 de outubro de 2011: Planeta Terra com 7 Bilhões de Habitantes

Antônio Gois (Folha de S. Paulo, 30/10/11) diz que o anúncio, pela ONU, de que chegaremos simbolicamente hoje ao marco de 7 bilhões de habitantes reacendeu o debate sobre a capacidade do planeta de prover recursos para sustentar, com qualidade, tanta gente. A preocupação é justificada pela constatação de que a maior parte do crescimento projetado para o futuro acontecerá em países pobres. Até 2100, a ONU estima que a população aumentará em mais 3 bilhões. Dez países, sozinhos, serão responsáveis por mais da metade disso. Oito são africanos.

O caso mais extremo é o de Zâmbia, onde a expectativa de vida hoje é de apenas 49 anos, quando a média mundial é de 69. Em intervalo de 90 anos, a população decuplicará. Completam a lista a Índia, que tirará da China em 2020 o posto de maior população, e os Estados Unidos, único entre os mais ricos (exceto BRIC) que continuará, graças à maior fecundidade de imigrantes, entre os dez maiores.
O temor de que as condições de vida piorarão por causa do aumento populacional aflige parte da humanidade ao menos desde que o reverendo Thomas Malthus, em 1798, colocou em dúvida a capacidade do planeta de prover subsistência para todos. Até o momento, as previsões de Malthus e de outros pessimistas que ecoaram suas ideias não se confirmaram. Nos últimos 60 anos, apesar de termos vivido uma verdadeira explosão populacional, de2,5 para 7 bilhões, a expectativa de vida aumentou em mais de 20 anos.
No entanto, no debate atual sobre a capacidade do planeta de prover recursos naturais para sustentar uma população crescente, há uma nova variável ainda sem resposta: oaquecimento global. Se, para alguns, são os países pobres que ameaçam sobrecarregar o planeta por causa de suas altas taxas de fecundidade, para outros, a principal responsabilidade é dos países ricos e seus atuais padrões de consumo.
No Maláui, por exemplo, a taxa de fecundidade supera a média de seis filhos por mulher. Nos Estados Unidos, está próxima de dois. No entanto, um único americano impacta no aquecimento global o equivalente, segundo a ONG Global Footprint Network, a 11 habitantes do Maláui.
Esse impacto humano será ainda maior no planeta se os 3 bilhões a mais de habitantes até 2100 tiverem padrões de consumo semelhantes aos de nações ricas hoje.

Para Harold Robinson, representante do Fundo de População da ONU no Brasil, uma solução que reduza as desigualdades e, ao mesmo tempo, agrida menos o ambiente terá que vir de inovações tecnológicas.
Para quem está curioso para saber qual será o bebê que amanhã fará a humanidade chegar aos 7 bilhões, um conselho: desista. A data de 31 de outubro é muito mais simbólica do que precisa. As estimativas da entidade são feitas a partir de dados dos censos de cada país. Mesmo em países ricos, estima-se que esses levantamentos deixem de contar até 3% da população.
Nas nações pobres, justamente as que mais puxam o crescimento, os censos, além de menos frequentes, tendem a ser ainda menos exatos. Para compensar, a ONU faz estimativas a partir de hipóteses sobre o comportamento da fecundidade e mortalidade, que podem se confirmar ou não no futuro, para mais ou para menos.
O bebê de número 7 bilhões, portanto, pode ter nascido ontem, no ano passado, ou nem foi concebido. Isso, no entanto, não tira a importância das projeções para analisar tendências de longo prazo. Ao estabelecer uma data, o que a ONU quis foi estimular o debate.


José Eustáquio Diniz Alves, professor da Escola Nacional de Ciências Estatísticas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, escreveu o seguinte artigo (Folha de S. Paulo, 30/10/11).
“Quando nasci, em agosto de 1953, fui o habitante de número 2.610.233.456. Quando minha filha veio ao mundo, em março de 1985, ela foi o habitante de número 4.710.843.383.
Em 58 anos, a população mundial aumentou em 4,4 bilhões de habitantes. Durante os 26 anos de vida de minha filha caçula, o aumento foi de 2,3 bilhões. Nos próximos 32 anos, teremos mais 2 bilhões de pessoas, e a população mundial deve chegar a 9 bilhões em 2043.
Existem duas boas noticias acompanhando esses números. A primeira é que a população mundial cresceu, aumentando conjuntamente a esperança de vida, que era de 48 anos no quinquênio 1950-55 e passou para 68 anos no período 2005-2010. A segunda é que o ritmo de crescimento demográfico está em declínio e existe grande probabilidade de a população mundial se estabilizar na segunda metade do século 21.
O número de nascimentos no mundo ficou estabilizado em torno de 136 milhões de crianças entre 1990 e 2010. Porém esse número já começou a cair.
Com a redução da base da pirâmide populacional, a razão de dependência demográfica vai ficar abaixo de 60% entre o ano 2000 e 2050. A mudança na estrutura etária, em geral, traz um bônus demográfico que pode ajudar na redução da pobreza no mundo.
Mas essa janela de oportunidade só será aproveitada se mudar o modelo de produção e consumo que tem provocado o aumento da pegada ecológica da humanidade. O nível atual de exploração do ambiente já ultrapassou em 50% a capacidade de regeneração do planeta. Estima-se em US$ 1,3 trilhão o custo anual da transição para uma economia verde, sustentável e de baixo carbono. É 30% menos que o gasto militar do mundo anualmente.
Vamos dar as boas vindas ao habitante de número 7 bilhões. Mas, principalmente, vamos nos esforçar para deixar uma herança positiva para que esse bebê de hoje não se torne um jovem frustrado”.

Número de pobres aumenta devido à subida de preços dos alimentos

Caminos


Segundo o Banco Mundial, o preço dos alimentos subiu 36% em comparação com o ano passado.


O Banco Mundial alertou no dia 14 que a subida do preço dos alimentos – em parte devido ao aumento do custo dos combustíveis resultante da onda de contestação no Médio Oriente e no Norte de África – está a empurrar milhões de pessoas para níveis extremos de pobreza. "Mais pessoas estão a sofrer e mais pessoas podem tornar-se pobres pelos elevados e voláteis preços dos alimentos", afirmou o presidente do banco, Robert Zoellick.


Os preços dos alimentos subiram 36% em comparação com os valores registados em 2010 e, desde Junho, 44 milhões de pessoas juntaram-se ao grupo dos mais pobres do mundo. De acordo com o banco, mais de 1200 milhões de pessoas vivem actualmente com menos de 1,25 dólares por dia e um possível aumento de 10% nos preços irá deixar mais dez milhões de pessoas numa condição de pobreza extrema. 


"Temos de colocar os alimentos em primeiro e proteger os pobres e vulneráveis, que gastam a maior parte do seu dinheiro em comida", defendeu Zoellick. O Banco Mundial sugeriu ainda um conjunto de medidas para aliviar o impacto do aumento dos preços na vida das pessoas mais pobres, como, por exemplo, encorajar os países produtores a facilitar as exportações, a adopção de novas tecnologias, a diversificação da produção ou um maior investimento na agricultura.


Fonte: http://isabe.ionline.pt/

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Marcha contra a pobreza quer sensibilizar pessoas para a causa - Renascença

Marcha contra a pobreza quer sensibilizar pessoas para a causa - Renascença (Com audio)






Nos EUA, pobreza toma conta dos subúrbios



Ícone da prosperidade e da estabilidade da classe média americana, os subúrbios veem taxas de pobreza disparar, com cenas impressionantes de abandono.

PARMA HEIGHTS, Ohio – A população pobre nos subúrbios dos Estados Unidos – antes símbolos de uma classe média estável e próspera – aumentou em mais de 50% desde 2000, obrigando comunidades suburbanas de todo o país a reavaliar suas identidades e como elas servem sua população.

"O crescimento tem sido impressionante", disse Elizabeth Kneebone, uma pesquisadora sênior do Instituto Brookings, que conduziu a análise dos dados do censo. "Pela primeira vez, mais da metade dos pobres metropolitanos vivem em áreas suburbanas."
Como resultado, os municípios dos subúrbios – antes preocupados apenas com questões como policiamento, incêndios e reparação de estradas – estão enfrentando um novo conjunto de problemas sobre como como ajudar os moradores pobres, sem os programas sociais oferecidos pelas cidades e como levar serviços a esses moradores sem a existência de transporte público. Muitos subúrbios estão enfrentando esses desafios com os orçamentos mais apertados em anos.
Desde 2000, o número de pobres aumentou em 5 milhões nos subúrbios, com aumentos grandes em áreas metropolitanas tão diferentes quanto Colorado Springs e Greensboro, na Carolina do Norte.
Ao longo da década, subúrbios do meio-oeste registraram maior aumento no número de pobres. Mais recentemente, no entanto, o aumento tem sido mais acentuado onde houve maior colapso imobiliário, como em Cape Coral, na Flórida, e Riverside, Califórnia, de acordo com a análise do Instituto Brookings.
Quase 60% dos pobres de Cleveland, por exemplo, antes se concentravam em seu núcleo urbano, mas agora vivem em seus subúrbios – em 2000, cerca de 46% viviam nos subúrbios.
Em todo o país, 55% da população pobre nas regiões metropolitanas agora vive nos subúrbios – aumento significativo dos 49% registrados anteriormente.
A pobreza é algo novo em Parma Heights, subúrbio tranquilo de pequenas vilas e gramados cortados, e pedir ajuda pode ser difícil. O Parma Heights Food Pantry, espécie de banco de alimentos comunitário com preços reduzidos, que começou a servir várias dezenas de famílias por mês em 2006, agora ajuda 260 e atrai um fluxo de vítimas da economia americana. Muitos nunca precisaram de ajuda para se alimentar antes.

Fonte: http://economia.ig.com.br


Economia - Pobreza aumenta na Grécia - RTP Noticias, Vídeo

Economia - Pobreza aumenta na Grécia - RTP Noticias, Vídeo

A recessão na Grécia fez aumentar o número de pobres e quase desaparecer a classe média. Há muita gente, sobretudo profissionais liberais e empresários, que diz estar a passar pelo que nunca imaginou. Sem emprego e com pouco dinheiro recorrem a apoios que só conheciam pela televisão.

domingo, 23 de outubro de 2011

Campanha Natal sem Fome dos Sonhos arrecada brinquedos para crianças pobres de todo o país




Rio de Janeiro - Com o objetivo de arrecadar brinquedos para distribuir a crianças com baixo índice de desenvolvimento humano (IDH) e, ao mesmo tempo, denunciar a existência no Brasil de centenas de milhares de famílias ainda vivendo abaixo da linha de pobreza, a organização não governamental (ONG) Ação da Cidadania lançou neste domingo (23), no Rio de Janeiro, a 19ª edição da campanha Natal sem Fome dos Sonhos.
A campanha é promovida simultaneamente em várias capitais do país. Além do Rio, a Ação da Cidadania montou, no Aterro do Flamengo (zona sul), uma mesa com 1 quilômetro de comprimento decorada com brinquedos simbolizando o direito que toda criança tem de brincar e sonhar.
'São famílias onde, provavelmente, Papai Noel não chega ou nunca chegou. Então, o objetivo do Natal sem Fome dos Sonhos é fazer essa arrecadação e, ao mesmo tempo, denunciar que ainda existem no Brasil, apesar dos avanços, muitas e muitas famílias que ainda estão abaixo da linha da pobreza. A campanha é, basicamente, para elas: para que pelo menos no Natal elas tenham uma alegria', disse à Agência Brasil o presidente do Conselho da Ação da Cidadania, Daniel Souza.
Algumas instituições parceiras da campanha, como a Associação de Professores Públicos Ativos e Inativos do Rio de Janeiro (Appai) e o Instituto Nacional de Tecnologia (INT), anteciparam suas doações e os brinquedos foram usados na ornamentação da mesa.
Além da arrecadação de brinquedos, a campanha montou para este domingo uma programação dirigida ao público infantil, que inclui a apresentação do musical A Boneca e o Soldadinho, com a Companhia Raízes do Mundo; jogos e brincadeiras populares, como corda, bambolê e elástico; além de rodas de capoeira, jongo, bumba-meu-boi e contação de histórias.
Apesar de informar à Agência Brasil que a campanha não trabalha com uma metas, Daniel Souza informou que, somente no ano passado, a iniciativa viabilizou a distribuição no estado do Rio de cerca de 200 mil brinquedos para crianças carentes.
'Nós paramos de trabalhar com metas porque, se definimos como meta a arrecadação, por exemplo, de 1 milhão de brinquedos e só são arrecadados 900 mil, fica a impressão de que a campanha fracassou quando, na verdade, 900 mil constitui um número significativo de brinquedos'.
Souza lembrou, ainda, que em alguns estados ainda são arrecadados alimentos e livros, 'o que dificulta ainda mais o estabelecimento de metas'. Bahia, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Distrito Federal também organizaram montagens da mesa com alimentos, brinquedos e livros. Durante a campanha, que vai até dezembro, a população poderá levar sua doação aos postos de coleta instalados pelos comitês em pontos estratégicos das grandes cidades.


Agência Brasil - Todos os direitos reservados.

Brasil ainda tem 20 milhões de pessoas em pobreza extrema

O problema da pobreza no Brasil não está completamente superado, disse o assessor da Secretaria Geral da Presidência da República, Selvino Heck, em audiência pública realizada nesta terça-feira (22) na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH).
Na audiência, foram discutidas ações nacionais e internacionais de combate à fome e à miséria.
Segundo Selvino Heck, apesar de o país não possuir mais pessoas em situação de fome crônica, ainda existem 20 milhões de brasileiros que vivem em extrema pobreza.
Ele lembrou que um dos desafios da presidente Dilma Rousseff é justamente erradicar a pobreza extrema até 2015, conforme preveem as Metas do Milênio, estabelecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A proposta do governo, informou Heck, inclui dar continuidade e ampliar a distribuição de renda; qualificar a oferta de serviços públicos, como acesso à saúde e à educação; e implementar ações de inclusão produtiva, com a criação de emprego e valorização da agricultura familiar; entre outras medidas.
Na avaliação do assessor, os conceitos de pobreza e de extrema pobreza não envolvem apenas os critérios de renda e fome.
Para ele, o acesso mínimo a serviços que ofereçam qualidade de vida, como saúde, moradia e educação, também devem ser observados.
Esse direito à alimentação não é apenas comer. É também o direito à saúde, à educação, a ser cidadão, a participar da vida social, a participar da democracia brasileira e, portanto, ter consciência desses direitos, poder se organizar inclusive para lutar por eles - destacou, ao observar que o combate à pobreza exige atuação conjunta dos governos estaduais, da sociedade e do Parlamento. 
A pobreza no mundo, ressaltou Selvino Heck, tem aumentado em razão de catástrofes ambientais. Para ele, projetos de desenvolvimento devem, necessariamente, incorporar a questão ambiental.
Para o senador Sérgio Petecão (PMN-AC), o cuidado com o meio ambiente, especialmente em relação à região amazônica, deve incluir políticas destinadas ao ser humano.
Ele disse que na Amazônia, considerada "o maior patrimônio do Brasil, o pulmão do mundo", existem pessoas que vivem abaixo da linha da miséria.
Que a gente possa também pensar em políticas para que essas pessoas que hoje pagam o preço de cuidar desse patrimônio mundial possam ter uma vida digna - disse o senador.

Fonte: Agência Senado

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Um em cada cinco europeus vive em risco de pobreza ou exclusão social


Um em cada cinco europeus vive em risco de pobreza ou exclusão e mais de 40 milhões não têm dinheiro para pagar uma refeição diária, revelam dados inscritos na estratégia europeia para a erradicação da pobreza na União Europeia.
Esta estratégia tem como objectivo afastar o risco de pobreza do mapa europeu até 2020 numa altura em que 20 milhões de europeus estão nesta situação.
A Comissão Europeia já admitiu que as metas nacionais possam ficar abaixo dos grandes objectivos com que os 27 países da União Europeia se comprometeram em 2010.
Antes das férias de Verão, Portugal não tinha ainda definido o indicador a utilizar para fazer estes cálculos, tendo todos os números trabalhados no primeiro relatório sido assentes em estatísticas anteriores ao contágio das dívidas soberanas.
De acordo com o Eurostat, Portugal a companhou a tendência da redução dos números dos que estão em risco de pobreza e exclusão social.
A Comissão Europeia já admitiu que as metas nacionais para a estratégia europeia de erradicação da pobreza possam ficar abaixo dos grandes objectivos com que os 27 países da UE se comprometeram em 2010.

17 OUT 11
Fonte: http://www.tsf.pt/

 

África







África é um continente economicamente atrasado devido a conflitos armados, epidemias, agravamento da miséria.
A região da África Subsaariana, que abrange os países de população negra situados ao sul do deserto do Saara, é a única área do planeta que regrediu economicamente em relação à década de 60. O continente é marcado também pelos conflitos etno-religiosos, tanto entre clãs e tribos na África Negra, quanto entre guerrilheiros fundamentalistas e o governo nos países islâmicos.
Após o processo de descolonização, entre as décadas de 1950 e 1970, as guerras civis tornaram-se constantes na região da África Subsaariana, já que as fronteiras políticas dos Estados nascentes não obedeceram às divisões étnicas, religiosas e linguísticas dos povos nativos. Desde então, cerca de 20 nações africanas já entraram em guerra. As ricas reservas de minérios, com enorme potencial para impulsionar o desenvolvimento económico, são, ao contrário, responsáveis por alguns conflitos.

Há fome e subnutrição crónica em quase 20 países. O maior problema na área da saúde é a propagação de epidemias. Cerca de 90% dos casos mundiais de malária ocorrem na África Subsaariana e 71% dos portadores do vírus HIV no planeta vivem na região. Em Botsuana e Zimbábue a Aids atinge 1 em cada 4 adultos. Por causa da SIDA, a expectativa de vida dos africanos cai drasticamente. Em 1990 era de 59 anos e até 2005 deve baixar para 45 anos.

O atraso económico e a ausência de uma sociedade de consumo em larga escala colocam o mercado africano em segundo plano no mundo globalizado. O Produto Interno Bruto (PIB) da África representa apenas 1% do total mundial e o continente participa de apenas 2% das transacções comerciais que acontecem no mundo. O resultado é que 260 dos 600 milhões de habitantes da África vivem com até um dólar por dia, abaixo do nível de pobreza definido pelo Banco Mundial. 

Futuro do continente

De acordo com as projecções do Banco Mundial, em 2020 África terá uma escassez de 250 milhões de toneladas de alimentos. Se desde já não forem adoptadas medidas, o centro global da pobreza será cada vez mais a África rural. Segundo a análise da Comissão Económica das Nações Unidas para a África (ECA), metade da África subsaariana vive na pobreza.
Os conflitos diminuíram em outras partes do mundo, mas não na África. Estudos indicam que os países em conflito produzem 12,4% menos alimentos "per capita" nos anos de guerra do que nos de paz. A maioria dos políticos africanos ainda não considera a ligação entre a agricultura, o meio ambiente e a população como factor essencial para o desenvolvimento.


Os líderes africanos têm trabalhado em conjunto sobre estratégias para acelerar o crescimento económico e o desenvolvimento, tirando o continente da pobreza.  
A Nova Iniciativa Africana concentra-se em:

• Ter consciência de que a paz, democracia e boa governabilidade são condições prévias para investimentos, crescimento e redução da pobreza.
• Convocar planos de acção para o desenvolvimento de cuidados com a saúde e sistemas educacionais, infra-estrutura e agricultura.
• Confiar no sector privado e na integração económica em níveis regional e global.
• Identificar medidas para o desenvolvimento de parcerias produtivas entre a África e seus parceiros de desenvolvimento bilaterais, multilaterais e do sector privado.
 

Pobreza e fome no mundo

As profundas desigualdades na distribuição da riqueza no mundo atingem actualmente proporções verdadeiramente chocantes. O número de pobres não pára de crescer e já chega a 307 milhões de pessoas no mundo.
Nos últimos 30 anos o número de pessoas que vivem com menos de US$ 1,00 (0.72 EUR) duplicou nos países menos desenvolvidos. Para a agência da ONU, o dado mais preocupante é a tendência de que esse número aumente até 2015, quando os países menos desenvolvidos poderão passar a ter 420 milhões de pessoas a viver abaixo da linha da pobreza.

Em algumas regiões, principalmente na África, parte da população já tem um consumo diário de apenas 57 centavos de dólares, enquanto um cidadão suíço gasta por dia US$ 61,9 (45,017 EUR) .
Nos anos 70 cerca de  56% da população africana vivia com menos de US$ 1,00 (0.72 EUR), hoje este valor é de 65%, a pobreza está a aumentar, em vez de diminuir.
As ajudas dos países mais ricos aos mais pobres não são muitas.

Calcula-se que 815 milhões em todo o mundo sejam vítimas de grave subnutrição, a maior parte das quais são mulheres e crianças dos países em vias de desenvolvimento.
A subnutrição crónica não conduz apenas à morte física, provoca também a falta de desenvolvimento das células cerebrais nos bebés e cegueira por falta de vitamina A.
Todos os anos, dezenas de milhões de mães gravemente subnutridas dão à luz dezenas de milhões de bebés igualmente ameaçados.
O flagelo da fome atinge 777 milhões de pessoas nos países em desenvolvimento e 11 milhões nos países desenvolvidos.


 

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

17 de outubro: dia internacional do combate à pobreza

A data alerta para a necessidade de transformação desta realidade. É também uma oportunidade para incentivar a participação da sociedade em iniciativas que complementam a renda, geram trabalho e erradicam a desnutrição da população nas comunidades mais carentes
O Brasil possui 16,2 milhões de pessoas que vivem com até 70 reais por mês1, segundo dados do Censo 2010. Tal situação é considerada pelo Ministério do Desenvolvimento Social como pobreza extrema. A região Nordeste é a mais afetada, com 18,1% de seus habitantes nesta condição.
Infelizmente, este cenário não é exclusivo do Brasil. Tanto que, em 17 de outubro de 1987, foi celebrado pela primeira vez, em Paris, o Dia Internacional de Combate à Pobreza. A data é relembrada anualmente com a intenção de clamar a união da humanidade contra a fome, a violência e a miséria.
Em mensagem sobre esta data em 2010, Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, afirma que a crise econômica internacional lançou na pobreza cerca de 64 milhões de pessoas e o número de desempregados aumentou em mais de 30 milhões desde 20072. Ele alerta ainda que somente o acesso à educação, saúde e trabalho são capazes de reverter este quadro.
“Mesmo com toda a evolução da economia, ciência e medicina, o Brasil e o mundo ainda vivem uma situação de desigualdade social severa. Sendo assim, a Pfizer não poderia deixar de agir no sentido de contribuir para ao menos amenizar esta triste realidade”, comenta Ciro Mortella, diretor de Assuntos Corporativos da Pfizer.
Neste sentido a Pfizer, que tem em sua essência global contribuir com o desenvolvimento das pessoas e das comunidades onde atua, tem atividades sociais implementadas em diversos países. No Brasil, duas destas iniciativas têm o objetivo comum de gerar renda e melhorar a qualidade de vida de famílias carentes, por meio da criação de animais. São eles o Projeto Cabra Escola e Jovem Produtor que, entre outras coisas, diminuem o sofrimento e a miséria causados pela fome e a baixa renda de famílias no nordeste brasileiro.
Cabra Escola
Criado em 2002, em parceria entre a Pfizer e o MOC3, o Projeto Cabra Escola tem por objetivo erradicar o trabalho infantil e aumentar a renda das famílias carentes, localizadas na região do semiárido da Bahia, considerado um dos locais mais pobres do Brasil. Como consequência, a atividade ainda combate a desnutrição e promove a inserção das crianças na escola.
Para alcançar tal objetivo cada família de pequenos agricultores, que tira seus filhos das lavouras e os leva às escolas, faz cursos de capacitação em caprinocultura. As famílias recebem também visitas técnicas de orientação, para a construção da infraestrutura necessária em suas propriedades para a criação de cabras. Todos os grupos familiares são contemplados com uma carta de crédito para o financiamento das obras e também para a compra dos animais, feita durante uma feira anual promovida pelo próprio projeto, a Feira de Caprinos. Os beneficiados têm dois anos para iniciar o pagamento da dívida e até quatro anos para quitar o valor financiado.
Desde a sua implantação, em 2002, até 2010, o Cabra Escola já beneficiou 3.580 pessoas em 716 famílias de agricultores que integram o programa. As famílias assistidas tiveram melhora significativa na qualidade de vida, além disso, a taxa de desnutrição infantil da região diminuiu em 47%, devido ao aumento do consumo de leite. A média de animais nas propriedades das famílias quadruplicou e a renda per capita cresceu em 30%, desde o início do projeto.
O Cabra Escola tem reconhecimento nacional e internacional. Ele foi considerado modelo de experiência pela Unicef e pelo Banco Mundial e em 2008 recebeu o prêmio “Corporate Citizen of the Americas”, conferido pela “Trust for the Américas”, uma organização sem fins lucrativos, criada em 1997 e afiliada à Organization of American States (OAS).
Jovem Produtor
O Projeto Jovem Produtor é um programa de incentivo à criação de suínos e aves, com o objetivo de gerar renda para as famílias de baixo poder aquisitivo, combater a pobreza e melhorar a qualidade da alimentação da população de três municípios do Piauí: Pedro II, São João do Arraial e Matias Olímpio. O projeto foi lançado em 2006, numa parceria da Pfizer com a ONG CARE Brasil4, e tem como foco a profissionalização de jovens de 16 a 25 anos e o envolvimento de seus familiares.
Os jovens produtores são capacitados e passam por treinamento e oficinas, ministrados por profissionais da CARE Brasil, em técnicas de avicultura, suinocultura, organização social, gestão de pequenos negócios, comercialização de animais, produção sustentável de suínos e empreendedorismo rural. Em seguida, os participantes receberem um lote de 33 aves, 3 leitoas e 1 suíno macho reprodutor para criação. Além do ganho com a comercialização desses animais procriados e abatidos, as aves – melhoradas geneticamente e adaptadas ao clima do semi-árido – permitem a cada família ter uma produção média de 290 ovos por ano. Semanalmente, produtores e estudantes participantes do projeto recebem ainda visitas técnicas de orientação.
De 2006 a 2010, 3.275 pessoas foram beneficiadas pelo projeto. As famílias participantes já apresentaram um incremento estimado de mais de 50% na renda mensal com a comercialização das aves e suínos em quatro anos de projeto. Além disso, a criação desses animais representa melhora na alimentação da população assistida, bem como uma forma de fixar as famílias em sua terra natal.

Pfizer
Fundada em 1849, a Pfizer é uma das mais completas e diversificadas companhias do setor farmacêutico. Presente em mais de 150 países, a empresa está no Brasil desde 1952. Melhorar a saúde e proporcionar bem-estar fazem parte da missão da Pfizer ao descobrir, desenvolver, fabricar e comercializar medicamentos de prescrição, genéricos e de consumo para Saúde Humana e Animal. A companhia oferece opções terapêuticas para uma variedade de doenças em todas as etapas da vida, com um portfólio que engloba desde vitaminas para gestantes e vacinas para bebês, até medicamentos para doenças complexas, como dor, câncer, tabagismo, infecções e doença de Alzheimer. Entre seus produtos, destacam-se Lípitor, Enbrel, Viagra, Sutent, Lyrica, Rapamune, Champix, Eranz, Centrum, Pristiq, Zyvox, Advil e a vacina Prevenar. A Pfizer também mantém e acompanha projetos sociais voltados para educação, saúde e sustentabilidade no país.

Fonte: http://www.inteligemcia.com.br 

Há 43 milhões de europeus sem dinheiro para pagar uma refeição diária


Lisboa – No dia em que se assinala o Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza, dados são divulgados pelo Programa Europeu de Apoio Alimentar revelam que há 43 milhões de europeus sem dinheiro para pagar uma refeição diária.
No dia em que se assinala o Dia Mundial para a Erradicação da Pobreza, segundo o Eurostat, 79 milhões de pessoas vivem na Europa abaixo do limiar de pobreza e 30 milhões sofrem de subnutrição.

Criado em 1987, o Programa Comunitário de Apoio Alimentar a Carenciados (PCAAC) permite fornecer alimentos produzidos com os stocks dos excedentes de produtos agrícolas, os chamados «stocks de intervenção». No entanto, estes stocks têm vindo a diminuir ano após ano devido às reformas da PAC e do acréscimo de procura de produtos agrícolas no mundo. 18 milhões de cidadãos europeus beneficiaram este ano deste programa comunitário em 20 Estados-membros da União Europeia.

Os alimentos distribuídos pela Segurança Social às instituições vem deste programa europeu que, em 2012, terá um orçamento para Portugal de 4,5 milhões de euros, menos 15,5 milhões que em 2011.

«Há um conjunto de pessoas que têm graves necessidades e este programa é essencial na sua manutenção. Estamos a falar de produtos que são transformados através de matéria-prima: arroz, massa, esparguete, manteiga, leite, bolachas, cereais», alertou Isabel Jonet, presidente da Federação Portuguesa de Bancos contra a Fome, em declarações à TSF.


2011-10-17 12:04:06
Fonte: http://www.jornaldigital.com/

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Em 2000, a ONU – Organização das Nações Unidas, ao analisar os maiores problemas mundiais, estabeleceu 8 Objetivos do Milênio - ODM.
O grande objectivo é reduzir para metade a pobreza extrema e a fome ate 2015

A pobreza extrema e a fome tornam o desenvolvimento muito mais difícil.
A pobreza conduz à subnutrição e à doença, o que reduz o rendimento e a produtividade económica. Estes, por sua vez, agravam a pobreza e a fome, pois as pessoas não têm acesso a alimentação, cuidados de saúde e habitação adequados, nem investem na educação dos filhos ou na sua própria iniciativa económica.
O governo não pode investir na sua população e os investidores estrangeiros receiam quaisquer compromissos financeiros.1,2 mil milhões de pessoas por todo o mundo vivem com menos de 1,25 dólar por dia (pobreza extrema). As pessoas extremamente pobres sofrem de fome e subnutrição e não têm possibilidade de aquisição de medicamentos essenciais ou de acesso a água potável e saneamento básico.
Residem em casas seguras, não têm tempo nem dinheiro para a educação e vivem política e socialmente excluídas das suas sociedades.


Propõe-se uma série de intervenções que custam reativamente pouco mas que têm um grande impacto na redução da pobreza:
- Eliminar as propinas escolares.
- Fornecer fertilizantes a agricultores pobres.
- Fornecer refeições escolares gratuitas.
- Promover a amamentação das crianças.
- Desparasitar crianças.
- Treinar técnicos locais de saúde pública.
- Fornecer redes mosquiteiras.
- Eliminar taxas de cuidados de saúde nos países em desenvolvimento.
- Acesso a informação sobre saúde sexual.
- Acesso a medicamentos para a SIDA, a tuberculose e a malária.
- Investir nos bairros-de-lata e disponibilizar terrenos para habitação pública.
- Acesso a água potável, saneamento básico e electricidade.
- Legislação sobre os direitos das mulheres, incluindo o direito à propriedade.
- Acção contra a violência doméstica.
- Enviar conselheiros científicos aos governos
- Plantar árvores.

Causas e consequências

Causas da pobreza
 
A pobreza resulta de um conjunto de factores:

- Factores político-legais: corrupção, inexistência ou mau funcionamento de um sistema democrático, desigualdade de oportunidades;
- Factores económicos: sistema fiscal inadequado e economia dependente de um único produto;
- Factores sócio-culturais: reduzida instrução, discriminação social relativa ao género ou à raça, exclusão social, crescimento muito rápido da população;
- Factores naturais: desastres naturais, climas ou relevos extremos;
- Problemas de Saúde: adição a drogas ou alcoolismo, doenças mentais, doenças como a SIDA e a malária, deficiências físicas;
- Factores históricos: colonialismo, passado de autoritarismo político;
- Insegurança: guerra, genocídio, crimes.

 

 

 

Consequências da Pobreza

Muitas das consequências da pobreza são também causas da mesma:

- Fome;
- Baixa esperança de vida, as pessoas com poucos recursos, sem condições básicas de sobrevivência são mais vulneráveis a doenças, acabando por falecer mais cedo;
- Doenças;
- Falta de oportunidades de emprego;
- Carência de água potável e de saneamento;
- Maiores riscos de instabilidade política e violência;
- Emigração, pois as pessoas deslocam-se à procura de melhores condições de vida e de trabalho;
- Existência de discriminação social contra grupos vulneráveis, normalmente são as pessoas/grupos mais vulneráveis que são alvo de discriminação ou actos violentos. O tráfico humano é praticado maioritariamente com pessoas carenciadas, com falta de protecçãoe qualidade de vida;
- Existência de pessoas sem-abrigo;
- Depressão.

Números..

A pobreza mais severa encontra-se nos países subdesenvolvidos, porém esta existe em todas as regiões. Nos países desenvolvidos manifesta-se na existência de sem-abrigo e de subúrbios pobres.
O Banco Mundial define como pobreza extrema o viver com menos de 1 dólar por dia, e, pobreza moderada, viver com entre 1 e 2 dólares por dia. Estima-se que 1 bilhão e 100 milhões de pessoas a nível mundial tenham níveis de consumo inferiores a 1 dólar por dia e que 2 bilhões e 700 milhões tenham um nível inferior a 2 dólares.
Alguns indicadores relativos à pobreza estão a melhorar, a esperança de vida aumentou substancialmente nos países em desenvolvimento após a segunda guerra mundial e diminuiram a diferença face aos países desenvolvidos, onde o progresso foi menor. A mortalidade infantil diminuiu em todas as regiões.

A pobreza global é mesmo um problema enorme e dramático:
- Todos os anos cerca de 18 milhões de pessoas (50 mil por dia) morrem por razões relacionadas com a pobreza, sendo a maioria mulheres e crianças.
- Todos os anos cerca de 11 milhões de crianças morrem antes de completarem 5 anos.
- 1 bilhão e 100 milhões de pessoas, cerca de um sexto da humanidade, vive com menos de 1 dólar por dia.
- Mais de 800 milhões de pessoas estão subnutridas.

 Índice de Desenvolvimento Humano (2010)
██ Muito elevado
██ Elevado
██ Médio
██ Baixo
██ Sem dado


 2005-2010 esperança de vida a partir do nascimento (anos).
██ mais que 80
██ 77.5-80.0
██ 75.0-77.5
██ 72.5-75.0
██ 70.0-72.5
██ 67.5-70.0
██ 65.0-67.5
██ 60-65
██ 55-60
██ 50-55
██ 45-50
██ menos que 45
██ sem dados



O significado de pobreza

A pobreza pode ser dividida em carência material: envolve as necessidades básicas, do dia a dia, como alimentação, vestuário, alojamento e cuidados de saúde;
Falta de recursos económicos: acarência de rendimento ou riqueza;
Carência Social: exclusão social, incapacidade de participar na sociedade, incluindo a educação e a informação. As relações sociais são fundamentais para compreender a pobreza pelas organizações internacionais que consideram o problema da pobreza para lá da economia.